Alunos surdos cantam,
dançam e interpretam na aula de Arte
Trabalhar música, dança e teatro com alunos surdos
ainda é raridade. Conheça três exemplos de professores que fazem isso com
qualidade
TEATRO
INCLUSIVO Na EM
Severino Travi, alunos ouvintes e surdos exibem-se em palcos de festivais e
outras escolas
Há muito
tempo, se fala em inclusão de crianças com deficiência nas escolas. Cenas como
a da foto acima, porém, continuam sendo raras. Trata-se de um grupo de teatro
escolar que mistura alunos deficientes auditivos com ouvintes. Na EM Severino
Travi, em Canela, a 122 quilômetros de Porto Alegre, as atividades de Arte
integram normalmente os surdos. A trupe teatral já participou de vários
festivais, ganhou prêmios e sempre é muito aplaudida. Além disso, a garotada
tem uma fanfarra - e todos concordam que o contato com as diferentes expressões
artísticas ajuda a turma também nas outras disciplinas, sem falar na integração
entre os alunos. A Severino Travi, no entanto, ainda é exceção.
Mas, ainda que o número de surdos matriculados em
escolas regulares venha aumentando (só nos últimos dois anos, o crescimento foi
de 21%, segundo o Censo Escolar), os próprios especialistas têm dificuldades em
indicar boas experiências de ensino de Arte que incluam esse público
específico. Para produzir esta reportagem, por exemplo, NOVA ESCOLA entrou em
contato com todas as Secretarias estaduais de Educação e com dezenas de
municipais. Nenhuma delas conhecia boas escolas para indicar.
Felizmente, há (sim) professores desenvolvendo bons trabalhos de Arte que incluem crianças e jovens que sofrem, em algum grau, com a deficiência auditiva. E, como acontece com as outras disciplinas, os resultados são sempre muito animadores. Os surdos estão mais habituados a gesticular e perceber emoções nos outros. Por isso, quando convocados a se expressar por meio de caras, bocas e movimentos do corpo, eles tiram de letra. "Para aproveitar melhor essa habilidade, é essencial explorar linguagens diferentes", diz Daniela Alonso, especialista em inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. "Para ficar no exemplo do teatro, é possível montar um espetáculo falado na Linguagem Brasileira de Sinais (libras), trabalhar com mímica ou mesmo criar personagens que não falam, mas interagem com os outros."
Basta lembrar que, antes de surgir a tecnologia que permitiu criar filmes falados, todo mundo entendia o cinema mudo. Nas artes visuais, a audição não costuma ser o sentido mais importante. E muita gente sabe que, para dançar, basta sentir a vibração da música (e não é preciso ouvir para sentir essa vibração). Nesta reportagem, você vai conhecer as histórias de três escolas que desenvolvem projetos de qualidade que incluem jovens surdos em atividades de teatro, dança e música. Afinal, como escreveu o russo Leon Tolstói (1828-1910), a Arte é mesmo "um dos meios que unem os homens".
Felizmente, há (sim) professores desenvolvendo bons trabalhos de Arte que incluem crianças e jovens que sofrem, em algum grau, com a deficiência auditiva. E, como acontece com as outras disciplinas, os resultados são sempre muito animadores. Os surdos estão mais habituados a gesticular e perceber emoções nos outros. Por isso, quando convocados a se expressar por meio de caras, bocas e movimentos do corpo, eles tiram de letra. "Para aproveitar melhor essa habilidade, é essencial explorar linguagens diferentes", diz Daniela Alonso, especialista em inclusão e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. "Para ficar no exemplo do teatro, é possível montar um espetáculo falado na Linguagem Brasileira de Sinais (libras), trabalhar com mímica ou mesmo criar personagens que não falam, mas interagem com os outros."
Basta lembrar que, antes de surgir a tecnologia que permitiu criar filmes falados, todo mundo entendia o cinema mudo. Nas artes visuais, a audição não costuma ser o sentido mais importante. E muita gente sabe que, para dançar, basta sentir a vibração da música (e não é preciso ouvir para sentir essa vibração). Nesta reportagem, você vai conhecer as histórias de três escolas que desenvolvem projetos de qualidade que incluem jovens surdos em atividades de teatro, dança e música. Afinal, como escreveu o russo Leon Tolstói (1828-1910), a Arte é mesmo "um dos meios que unem os homens".
Referência:
Nenhum comentário:
Postar um comentário